Carcass. Uma banda clássica de metal. Foi formada como uma banda de crust punk pelo guitarrista Bill Steer junto com o batera Ken Owen em 1985 sobe o nome Disattack. Após lançarem uma demo em 1986, Paul (baixista) e Andrew Pek (vocalista) do Disattack deixaram a banda para serem substituidos pelo vocalista Sanjiv e baixista Jeff Walker, guitarrista e vocalista da banda Electro Hippies. Ao mesmo tempo, Bill Steer se juntou ao Napalm Death (uma banda clássica de grindcore) e gravaram o segundo lado do que seria o primeiro álbum do ND, Scum. Walker também ajudou no desenho da capa de Scum.
Disattack então mudou seu nome para Carcass. Em abril de 1987, eles gravaram uma demo, a única com o vocalista Sanjiv, que saiu da banda logo após. Aqui já não havia mais um som de crust punk, e sim o que seria chamado de goregrind. Walker, Steer e Owens dividiram trabalhos no vocal para o debut, que foi feito em apenas 4 dias (chamado de Reek of Putrefaction), que tinha um som muito robusto e seco, com pouco trabalho musical e músicas extremamente pequenas, com guitarras que pareciam moedores de carne e batera com blastbeats.
Symphonies of Sickness, seu segundo álbum, continha o produto final numa qualidade muito superior ao debut, continha maiores estruturas de death metal sem sair da origem goregrind, com músicas mais longas e com mais passagens lentas.
Necroticism - Descanting the Insalubrious foi o ponto que gosto de chamar do fim do goregrind do Carcass. É um álbum puramente de death metal brutal, onde mostra uma composição muito melhor, maior valor de produção e solos de guitarra incríveis. Michael Amott se juntou à banda para a gravação deste álbum.
As músicas:
1. "Inpropagation"
2. "Corporal Jigsore Quandary"
3. "Symposium of Sickness"
4. "Pedigree Butchery"
5. "Incarnated Solvent Abuse"
6. "Carneous Cacoffiny"
7. "Lavaging Expectorate of Lysergide Composition"
8. "Forensic Clinicism / The Sanguine Article"
Apesar de não ter mais uma sonoridade de goregrind, a essência é a mesma. As letras brutais estão ali - dizem que Ken Owens pegou os livros de sua irmã que fazia medicina veterinária para ajudar na criação das líricas; os riffs maravilhosos também, os harmônicos extremamente bem elaborados, assim como os solos arrasadores em B standard, estão todos lá. E o álbum é um conjunto que pode ser chamado de um álbum conceitual! Sim, conceitual, já que cada música fala de uma forma econômica de se livrar de um corpo.
Claro que ninguém leva a sério essas letras, nem mesmo a banda, mas a forma que são cantadas é espetacular, num dueto entre Steer e Walker. Um exemplo perfeito disso é na música Incarnated Solvent Abuse. E a adição de Amott só melhorou e muito o álbum. E mencionei a batera? Contém batidas inesquecíveis, como no vídeo abaixo.
É um clássico, e vale a pena ser ouvido até hoje.
Nota: 9,5/10.